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Novatos na seleção se espelham em Falcão para estar no Mundial de 2012

Aos 21 anos, Dyego e Jackson encaram as partidas contra a Ucrânia como mais uma chance de se firmar no grupo do técnico Marcos Sorato

 

Aos 33 anos, Falcão já alcançou a marca dos 302 gols pela seleção brasileira de futsal em 237 jogos. O craque tem muitos títulos no currículo e a próxima grande meta é o Mundial de 2012, na Tailândia. Dois jovens talentos, Dyego e Jackson, que também jogam de ala como Falcão, estão chegando agora à seleção, e querem estar neste desafio no ano que vem.

- Meu sonho é ser campeão mundial com a seleção e agora quero conquistar o treinador para garantir uma vaga no grupo brasileiro - disse Jackson, de 21 anos.

Jackson Dyego seleção de futsal (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)Novatos Jackson (E) Dyego estão buscando seus espaços na seleção (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)

- Aprendo muito com o Falcão, que é meu companheiro de Santos. Ele me dá dicas sempre. Eu e Dyego fomos con

A história de Jackson na seleção brasileira está apenas começando. Ele é o atleta mais jovem entre os 13 convocados para os dois jogos contra a Ucrânia: o primeiro, neste domingo, em São Bernardo do Campo (SP), às 10h, com transmissão da TV Globo, e o segundo na terça-feira, em Uberlândia (MG), às 20h30, com transmissão do SporTV.

Até agora, Jackson disputou apenas dois jogos pela seleção e não marcou nenhum gol. Números semelhantes aos de Dyego, que também tem 21 anos, mas é quase dois meses mais velho que o companheiro.

- Estou muito feliz com mais essa chance e quero trazer o bom trabalho que faço no meu clube aqui para a seleção. Ser campeão mundial é o auge para qualquer jogador e eu tenho esse sonho. O importante é jogar bem para continuar sendo lembrado nas próximas convocações - declarou Dyego.

O grande exemplo a ser seguido por ambos é o de Falcão, claro. Mas Dyego também não esquece de outro craque que já defendeu o Brasil.

- Tento me espelhar no que o Falcão faz em quadra, mas gostava muito do Manoel Tobias também, que era um artilheiro nato - afirmou o jogador.

vocados para ganhar experiência e os atletas mais velhos estão dando todas as condições para mostrarmos o melhor do nosso futsal - garantiu Jackson.

E como qualquer novato, eles estão sofrendo com as brincadeiras dos jogadores mais experientes. Principalmente Dyego, por causa do nome da cidade onde nasceu: Não Me Toque (RS).

- Alguns companheiros brincam com isso, mas eu não dou bola. Sou cidadão não-me-toquense com orgulho - finalizou.

Crescimento do futsal do Santos faz Falcão se sentir um 'Menino da Vila'

Clube tem casa cheia em jogos e pensa em usar o craque em ações de marketing para conseguir mais patrocinadores e bancar modalidade

Um jogo contra o Carlos Barbosa, pela Liga Futsal, deu a noção de como a categoria está sendo bem aceita pelos torcedores santistas. Na partida realizada no mês passado, que teve um Falcão inspirado e ainda contou com as presenças de Neymar, Elano, Rafael e Alan Patrick na plateia, o Peixe levou 4 mil pessoas à Arena Santos, ginásio municipal que recebe os jogos da equipe. Na vitória por 5 a 2 em quadra, o público foi maior que o do confronto com o Mogi Mirim, na Vila Belmiro, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista: 3.785 torcedores viram os 3 a 1 sobre o time interiorano. Números que não surpreendem o principal atleta da equipe alvinegra.

- Percebi que o marketing do Santos quis ver (os resultados). Eles não imaginavam que a aceitação seria tão grande, mas eu tinha certeza disso. Quase todas as crianças participam de escolinhas de futsal ou o pai joga. É o estilo que o pessoal gosta de ver. Eu jogo para mim, para o clube, para os patrocinadores e para quem quer ver. Meu estilo atrai as pessoas, mas não adiantava só jogar bonito sem ter títulos. E eu consegui mesclar isso – disse FalcãoFalcão futsal santos (Foto: Julyana Travaglia/GLOBOESPORTE.COM)Falcão quer ajudar o futsal do Santos a crescer (Julyana Travaglia/GLOBOESPORTE.COM)

Até agora o Santos fez quatro partidas na Arena Santos, todas com lotação máxima – 4 mil entradas em cada partida. Os ingressos são vendidos a R$ 6 – sócios pagam meia-entrada – e geralmente se esgotam dois dias antes da partida. Mas a ideia para a criação da equipe não partiu do potencial de público e sim das origens de jogadores do Alvinegro, como Neymar e Ganso.

- Percebemos que muitos jogadores começaram no futsal. Para o garoto se formar como jogador é bacana passar pela categoria para aprender a proteger a bola, atacar e defender. Quando entramos no clube, tínhamos essa discussão sobre o esporte que poderia ser interessante e começamos a pesquisar o futsal – contou Armênio Neto, gerente de marketing do Santos.

Neto não revela valores, mas diz que o futsal já se banca em 75%, entre patrocinadores e partidas amistosas. A ideia é que a categoria consiga se manter sozinha. Por isso, o Alvinegro estuda ações de marketing para atrair mais parceiros e licenciamento de produtos usando a imagem de Falcão, que deve ter material esportivo especial em parceria com a Umbro.

- O objetivo é dar lucro esportivo, com títulos e glórias, mas tem de ter um raciocínio financeiro também. Nosso objetivo é que cada modalidade se autofinancie. Durante o ano vamos gerar outros negócios, como os amistosos internacionais. Jogamos duas partidas no Cazaquistão, ainda temos espaço para patrocinadores e assim conseguiremos gerar receita para termos custo zero – disse o dirigente.